A hipercolesterolemia constitui fator de risco para o desenvolvimento de arteriosclerose coronariana. A hipertrigliceridemia e a hiperinsulinemia, embora em menor grau, correlacionam-se também, positivamente, com a doença isquêmica do miocárdio. Os níveis sanguíneos diminuídos de lipoproteínas aumentam o risco de desenvolvimento de arteriosclerose coronariana, enquanto que níveis plasmáticos elevados de HDL diminuem a incidência de arteriosclerose coronariana e aumentam a expectativa de vida.
Além disso, pacientes que sofreram infarto agudo do miocárdio e apresentam baixos níveis de HDL-c têm pior prognóstico quando comparados com pacientes que tiveram infarto agudo do miocárdio, mas apresentam elevados níveis plasmáticos de HDL.
O exercício físico aeróbico praticado regularmente eleva os níveis plasmáticos de HDL.
Durante o processo de condicionamento físico observa-se também diminuição significativa nos níveis séricos de triglicerídeos. Isto acontece tanto em indivíduos submetidos a um processo de condicionamento físico moderado como, principalmente, em indivíduos que fazem exercício físico vigoroso, como os atletas corredores de grandes distâncias. Nestas pessoas também se observa aumento nos níveis de ácidos graxos livres sanguíneos, refletindo aumento na taxa de lipólise. Esta é provavelmente a explicação para a diminuição dos níveis de triglicerídeos sanguíneos que se encontra comumente em indivíduos bem treinados.
O exercício físico regularmente praticado também provoca uma redução nos níveis séricos de insulina, hormônio reconhecidamente lipogênico, cujos níveis são, em geral, elevados em pessoas com arteriosclerose coronariana.